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Diálogo em vez de briga 3t6o4e

É um grande desafio se comunicar com quem está sempre na defensiva ou age de forma agressiva tj71

Há situações que enfrentamos em que inevitavelmente o diálogo vai ser difícil. Não tem jeito, a conversa vai ser complicada porque o motivo é árduo. Mas existem outras que não precisam ser assim, mas tornam-se difíceis por falta de habilidade de comunicação de um ou mais envolvidos.

É o cliente que precisa somente trocar um produto, mas já chega ‘cuspindo fogo’ de raiva e maltratando o atendente. É alguém que precisa fazer uma solicitação, não consegue ter uma linguagem amistosa e usa palavras e tom agressivos. É o integrante da equipe de trabalho que age de forma arredia e acha que existe sempre um complô para prejudicá-lo.

A estratégia de comunicação deve ser pensada para conduzir o diálogo de forma que não se transforme em briga ou não se crie um clima pior que antes da conversa.

A psicóloga Cristiana Bezerra reforça o entendimento de que boa parte dos nossos problemas em um relacionamento ocorre por falhas na comunicação. E essa comunicação pode ser ainda mais desafiadora se for com alguém de difícil trato, que age sempre na defensiva. “Em algum momento da vida é provável que tenhamos que lidar com pessoas que desafiam nossos limites, crenças ou valores”, diz a especialista em neuropsicologia.

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Cristiana Bezerra é especialista em neuropsicologia (Foto: Reprodução)

Cristiana orienta que, para tornar possível a relação e a comunicação com alguém assim, façamos a seguinte pergunta:

‘Eu preciso mesmo lidar com essa pessoa?’ E se a resposta for ‘sim’, é necessário reconhecer seus pontos fortes e seus limites, ter consciência de que o comportamento do outro você não controla. O questionamento é válido para entender quais as nossas necessidades e carências que nos tornam vulneráveis a esse convívio.

A partir daí, a psicóloga faz algumas orientações:

  • Ouça mais, reaja menos! Escute para entender qual é a necessidade da pessoa, o que ela espera ou deseja de você. Conhecer e entender a necessidade do outro é essencial para evitamos uma reação intempestiva.
  • Mantenha suas emoções sob controle. Busque formas confortáveis de se comunicar. Uma pessoa que tem habilidade com as palavras buscará levar a conversa para um direcionamento que ela pretende. Não reaja, não se intimide e, no seu tempo, decida o que fazer.
  • Tenha empatia e compreensão. Uma característica recorrente de pessoas de comportamentos mais exigentes é a falta de estabilidade emocional. E o esforço deve ser para não se deixar contaminar por essa negatividade. Colocar-se no lugar do outro, buscando ser compreensivo, mas mantendo bom juízo de valor, amplia as chances de que você possa se manter emocionalmente estável.
  • Aceite as diferenças. Querer que todos ajam como você é um excelente atalho para frustrações e aborrecimentos. Antes de entrar em rota de colisão com uma pessoa de difícil trato, ‘pessoa complicada’, ou desistir de uma ‘equipe difícil’, analise se o que o irrita é realmente relevante ou apenas uma opinião divergente da sua. Entender isso faz com que você aceite de forma mais fácil as diferenças.
  • Evite discussões. Minimizar o tempo de convivência pode ser uma boa estratégia. Converse somente o necessário e não dê brechas para assuntos que possam gerar aborrecimentos. Pode parecer uma atitude radical, mas, em muitos casos, manter uma distância é a única maneira de evitar discussões, principalmente em ambientes de trabalho.

Cristiana Bezerra também provoca uma reflexão: será que a melhor defesa é o ataque? Ela explica que somos resultado de nossas vivências e experiências. E, dependendo da forma como interpretamos o mundo, construímos uma pesada armadura, que nos obriga a ficar na defensiva e vigilantes a fim de nos defender do mundo, com ameaças por todos os lados.

Se for o caso, ofereça ajuda a quem tem esse comportamento doentio. Quando ouvir um não, pergunte qual a proposta a pessoa tem como solução. Mas nunca, nunca mesmo, caia na armadilha de transformar em briga o diálogo com pessoas arredias e agressivas. A tarefa é árdua e exige doses de paciência, compaixão, autocontrole e uma comunicação assertiva, que sirva para pacificar.

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Este conteúdo reflete, apenas, a opinião do colunista Comunicação de primeira, e não configura o pensamento editorial do Primeira Página.

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