Laudo confirma que caseiro morreu após mordida de onça na cabeça 325o1e
Caso ocorreu no final de abril e foi descoberto por um piloteiro que ava pelo local e encontrou rastros de sangue 3a2560
O laudo necroscópico divulgado nesta segunda-feira (12) confirmou que Jorge Avalo, caseiro de uma propriedade rural às margens do Rio Miranda, na região de Touro Morto, em Aquidauana, morreu em decorrência de um ataque de onça-pintada na cabeça. O caso ocorreu no final de abril e foi descoberto no dia 21, quando um piloteiro que ava pelo local encontrou rastros de sangue e acionou a Polícia Militar Ambiental.
O documento, elaborado pelo Núcleo Regional de Medicina Legal de Aquidauana, atesta que Jorge foi vítima de choque neurogênico agudo causado por ferimentos graves na cabeça, compatíveis com a técnica predatória da onça-pintada, que morde diretamente o osso temporal da vítima, atingindo o cérebro.
De acordo com o laudo necroscópico, a vítima apresentava lesões extensas e típicas de ataque de animal carnívoro de grande porte.
Entre os principais pontos do exame estão: 71181q
- Ausência de parte do corpo: segmento cefálico (cabeça), pescoço, ombro esquerdo, parte do tórax e o braço esquerdo foram arrancados.
- Marcas de mordida e arrasto: o corpo tinha diversas lesões compatíveis com mordidas e sinais de que Jorge foi arrastado pelo animal.
- Indícios de predação após a morte: órgãos internos e grandes massas musculares estavam ausentes.
- Sinais de defesa: lesões no braço direito indicam que a vítima ainda estava viva no início do ataque.
- Sem vestígios de violência humana: as lesões foram inteiramente atribuídas à ação do animal.
Ataque de onça 34425d
Jorge Avalo era o único presente na propriedade no momento do ataque. A cena foi descoberta por um piloteiro, que encontrou pegadas de onça e vestígios de sangue. Equipes da PMA foram acionadas imediatamente.
Ataques de onças a humanos são raríssimos, já que o animal costuma evitar o contato com pessoas. No entanto, três dias depois da morte do caseiro Jorge Avalo, de 60 anos, a PMA (Polícia Militar Ambiental) capturou a onça-pintada que teria atacado a vítima. O animal permenece no CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) de Campo Grande para exames e cuidados veterinários.
